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Solos contaminados pela ação humana é um dos principais problemas ambientais no mundo inteiro. Quando isso ocorre, é necessário adotar medidas que atenuem os impactos ou recuperem as áreas afetadas. É aqui que a remediação do solo vai ser importante. 

Diversas atividades humanas, como a produção industrial, o uso de agrotóxicos e a disposição inadequada de resíduos, são responsáveis pela introdução de substâncias nocivas no ambiente.

As consequências disso são os efeitos adversos para a saúde humana, na fauna, na flora e nos ecossistemas como um todo.

A contaminação do solo pode ser responsável pela a destruição de habitats naturais, a redução da biodiversidade, o aquecimento global, entre outros

Nesse sentido, a legislação ambiental e as políticas públicas desempenham um papel crucial nas ações para recuperar áreas contaminadas. 

São as regulamentações que estabelecem padrões para avaliar a contaminação, definir responsabilidades e garantir que os poluidores arquem com os custos da remediação ambiental.

Hoje vamos falar especificamente da remediação de solos contaminados, suas técnicas e as etapas que compreendem a gestão e gerenciamento deste passivo ambiental.

O que é remediação do solo?

Saiba que a remediação do solo está relacionada com o processo de tratamento de solos ou áreas contaminadas por substâncias poluentes. 

Essa contaminação pode ser resultado de derramamentos acidentais, descarte inadequado de resíduos, práticas industriais ou agrícolas impróprias, entre outras atividades humanas.

Assim, trata-se de um processo para recuperar áreas contaminadas utilizando diferentes técnicas para remediação de solo contaminado.

Por que fazer a remediação do solo contaminado?

O principal objetivo da remediação de solos contaminados é reduzir a expansão dos agentes contaminantes. Ou seja, recuperar as áreas degradadas que sofreram algum tipo de dano ambiental.

Para isso, é necessário identificar as áreas potencialmente contaminadas e, posteriormente, confirmar a contaminação. Em seguida, a intenção é diminuir ou, idealmente, eliminar a presença do contaminante por meio de várias técnicas de remediação

Nesse sentido, visa reduzir a concentração do poluente aos níveis estabelecidos pela Avaliação de Risco à Saúde Humana ou conforme as legislações locais.

Tipos de contaminação do solo

Existem muitas formas de contaminação do solo, que geram inúmeros problemas e riscos para a saúde humana e o ambiente. Desse modo, a contaminação ocorre a partir dos  seguintes elementos:

  • metais pesados;
  • componentes químicos;
  • óleos;
  • combustíveis;
  • solventes;
  • medicamentos;
  • chorume;
  • rejeitos de mineradoras;
  • produtos químicos agrícolas como fertilizantes e agrotóxicos.

De maneira geral, estes tipos de contaminação são resultantes de atividades industriais e descarte inadequado de resíduos em lixões e aterros.

Quais são os métodos de remediação do solo?

Os métodos usados para remediação de solos contaminados são divididos com base no local de sua aplicação, da seguinte forma:

Remediação In Situ: Tratamento diretamente no local, sem a necessidade de movimentar ou remover o solo contaminado.

Remediação Ex Situ: Esse método exige a remoção do solo para tratamento em outro local. Realiza-se a escavação e, em seguida, transporta-se para o tratamento.

A escolha entre elas depende das especificidades do local e da natureza e intensidade da contaminação. Contudo, a remediação de solos contaminados utiliza dependendo do caso a combinação de ambas, remediação in situ e ex situ

Independentemente da técnica escolhida, elas podem ser agrupadas de acordo com seu método de atuação físico/químico em quatro categorias principais: físicas, químicas, físico-químicas e biológicas. 

O objetivo principal de todas essas abordagens é reduzir a quantidade de contaminantes, conforme orientado pela Cetesb para atingir os objetivos de remediação.

Técnicas de remediação do solo contaminado

Antes de escolher uma técnica de remediação do solo contaminado, é essencial conhecer quais são e os usos para os quais elas são mais indicadas. Confira a seguir:

1. Remediação química

Barreiras Reativas: Estas são barreiras permeáveis instaladas no caminho da pluma de contaminação subterrânea. Conforme a água passa através da barreira, os contaminantes são tratados quimicamente. Normalmente, são compostas por materiais que promovem reações químicas que degradam ou imobilizam os poluentes.

Redução Química In Situ (ISCR): Esta técnica envolve a introdução de agentes redutores diretamente no solo contaminado. Estes agentes reagem de forma química com os poluentes, transformando-os em compostos menos tóxicos ou inertes.

Oxidação Química In Situ (ISCO): Esta é uma técnica de remediação química que usa oxidantes potentes para transformar compostos orgânicos contaminantes em dióxido de carbono, água e outros produtos inofensivos. Os oxidantes mais comuns usados incluem peróxido de hidrogênio e permanganato de potássio.

Ozônio Sparging: Um método que envolve a injeção de ozônio no solo ou água subterrânea. O ozônio é um oxidante potente e pode quebrar uma variedade de contaminantes orgânicos.

No caso da contaminação do solo por metais pesados, é importante esclarecer que a remediação química é realizada pelos processos de redução química e complexação, que promovem a imobilização, estabilização e inertização dos contaminantes na área afetada.

2. Remediação biológica

Atenuação Natural: Este é um processo passivo que se baseia nas capacidades inerentes do ambiente (biodegradação, dispersão, diluição) para reduzir a concentração, toxicidade ou mobilidade dos contaminantes.

Biorremediação: Utiliza micro-organismos (como bactérias e fungos) para decompor os poluentes. Estes micro-organismos transformam os contaminantes em substâncias inofensivas através de processos metabólicos naturais.

Fitorremediação: Envolve o uso de plantas para absorver, acumular ou transformar contaminantes. Algumas plantas têm a capacidade de acumular metais pesados em suas raízes, enquanto outras podem transformar compostos orgânicos em substâncias menos tóxicas.

3. Remediação físico-químicas

Lavagem do Solo (Soil Washing): Esta técnica utiliza soluções aquosas, muitas vezes combinadas com aditivos químicos, para lavar os poluentes do solo. O solo limpo pode então ser reutilizado, enquanto a solução contaminada é tratada ou descartada de forma apropriada.

Flushing do solo (Soil Flushing): Similar à lavagem do solo, esta técnica envolve a injeção de soluções no solo para mobilizar e recuperar os contaminantes. A solução, agora carregada com os poluentes, é então coletada e tratada.

4. Remoção física

Esta técnica envolve a escavação ou extração direta do solo contaminado para ser tratado em outro local ou para ser descartado de maneira segura. É uma abordagem mais direta e muitas vezes utilizada quando os níveis de contaminação são muito altos ou quando outras técnicas podem não ser viáveis.

Análise e remediação da contaminação do solo

Dentro do processo de gestão de áreas contaminadas, existem etapas a serem realizadas e que vão determinar como o tratamento do solo deve ser realizado.

Por isso, a análise e remediação da contaminação do solo deve seguir um processo técnico, rigoroso e realizado por profissionais especializados.

Etapas para remediação do solo contaminado

1.º – Avaliação Preliminar: consiste em um levantamento do histórico de utilização da área, que permite mapear os possíveis riscos; 

2.º – Investigação (Confirmatória, Detalhada, Complementar): nessa etapa ocorre a comprovação da contaminação e verificação da necessidade de fazer a remediação, analisando o grau e tipo de contaminação;

3.º – Avaliação de risco: esta avaliação é realizada com os dados obtidos nas outras etapas,  tendo em vista os riscos para a saúde humana e ambiente;

4.º – Elaboração do plano de remediação: este plano deve seguir os procedimentos recomendados conforme a área a ser remediada;

5.º – Remediação do solo contaminado: é a parte de aplicação do plano elaborado utilizando a técnica mais adequada para esse local específico.

6.º – Monitoramento Ambiental: acompanhamento da eficácia das medidas de remediação e evolução das condições da área.

7.° – Termo de Reabilitação: apresentaremos ao órgão ambiental competente os resultados da remediação, juntamente com todos os documentos e laudos técnicos necessários para a obtenção do termo de reabilitação.

Conclusão 

A remediação de solos contaminados é uma necessidade crescente, dada a extensão dos impactos ambientais e os riscos para a saúde humana  associados à contaminação. 

Em particular, a contaminação por metais pesados representa um dos problemas mais sérios e persistentes. Diferentemente de poluentes orgânicos, os metais não se degradam em componentes mais simples.

Assim, permanecem no ambiente por períodos muito longos, acumulando-se na fauna e flora e representando um risco contínuo à saúde humana.

A técnica de remediação química surge como uma ferramenta poderosa no combate à contaminação por metais pesados. Isso porque a oxidação química in situ, por exemplo, pode quebrar compostos orgânicos tóxicos.

A OXI Ambiental é especializada em serviços de remediação química para solos contaminados e há mais de 2 décadas está comprometida em oferecer soluções eficazes e personalizadas para seus clientes.

Seu portfólio de serviços para gestão de áreas contaminadas é amplo, incluindo a remoção de contaminantes do solo, da água subterrânea e tratamento de efluentes. 

Garantimos que todos os nossos serviços de remediação ambiental sejam realizados com as melhores práticas de sustentabilidade, saúde e segurança ocupacional.

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