A descontaminação do solo em postos de combustíveis é um processo que envolve a remoção de substâncias perigosas de forma rápida e eficiente. Visto que estas substâncias podem prejudicar o meio ambiente e a saúde humana.
Existem várias técnicas de remediação do solo em postos de combustíveis, cada uma com suas próprias vantagens e desvantagens.
Sem dúvida, a escolha da técnica mais eficiente depende de vários fatores, como o tipo e a extensão da contaminação e as características do solo. Além dos aspectos relacionados com as regulamentações ambientais locais e o custo envolvido no processo.
Por isso, continue lendo esse artigo e entenda como lidar com esse problema e qual a técnica de remediação mais adequada para o seu problema.
Quais são as técnicas de remediação para a descontaminação do solo em postos de combustíveis?
A remediação ambiental para descontaminação do solo em postos de combustíveis incluem técnicas como: lavagem de solo, bombeamento e tratamento de água subterrânea, extração de vapores, oxidação química, aplicação de ar na zona saturada e barreira passiva e reativa.
Sem dúvida, é um grande desafio para as empresas lidarem com vazamentos de tanques subterrâneos de armazenamento de combustível. Pois, pode ocorrer a liberação de diversas substâncias, que exigem uma ação imediata, tais como:
- Compostos orgânicos voláteis (VOCs);
- Hidrocarbonetos de petróleo (TPHs);
- Outros contaminantes no solo e na água subterrânea.
As técnicas de remediação para tratar a contaminação do solo em postos de combustível podem ser divididas em duas categorias gerais: métodos ex-situ (fora do local) e métodos in-situ (no local).
É importante notar que a escolha da técnica de remediação adequada depende de uma série de fatores, incluindo o tipo e extensão da contaminação, as características do local, as regulamentações ambientais locais e o orçamento disponível.
Veja a seguir uma explicação detalhada de cada uma das técnicas adequadas para a remediação de solos contaminados por combustíveis.
1. Técnica Biorremediação .
Esta é uma técnica que utiliza microrganismos para degradar os poluentes presentes no solo. Certamente, é uma opção ecologicamente correta e eficaz. No entanto, pode ser lenta e menos eficiente em solos com alta concentração de poluentes.
Existem duas principais formas de biorremediação: in situ e ex situ. A biorremediação in situ envolve o tratamento do solo contaminado no local, que pode ser feita de duas formas:
- Estimulação dos microrganismos nativos (biorremediação natural ou atenuação natural monitorada);
- Adição de microrganismos ou nutrientes para acelerar a taxa de degradação (bioestimulação e bioaumentação).
Já a biorremediação ex situ envolve a remoção do solo contaminado com combustível para tratamento em outro local, geralmente em biorreatores.
Além disso, é uma técnica utilizada em diversos cenários de contaminação do solo, especialmente aqueles associados a derramamentos de petróleo e outros hidrocarbonetos, metais pesados, pesticidas e solventes clorados.
2. Técnica de Extração de vapores do solo (SVE).
Para descontaminação de solo em postos de combustíveis, esta técnica envolve a remoção de vapores de hidrocarbonetos do solo através do uso de um sistema de vácuo.
Sem dúvida, é útil para tratar a contaminação em solos leves e arenosos. Contudo, não é tão eficaz em solos argilosos ou compactados.
Como a extração de vapores do solo é usada para remediação do solo para postos de combustíveis?
O método de extração de vapores do solo, também chamado de Soil Vapor Extraction, ou sistema de remediação SVE, age de forma a tornar voláteis os resíduos tóxicos do solo, para depois devolvê-los tratados para a atmosfera.
O sistema de vácuo é usado através dos poços de extração para induzir um fluxo de ar através do solo. O ar que passa pelo solo captura os vapores dos compostos orgânicos voláteis, que são então removidos do solo.
Uma vez que os vapores são removidos, eles são tratados conforme necessário, o que pode incluir a filtração, a absorção com carvão ativado, a condensação, a incineração, ou outras técnicas de tratamento.
3. Técnica de Oxidação química in situ (ISCO).
Para remediar a contaminação do solo por combustíveis, esta técnica utiliza agentes oxidantes para degradar os poluentes no local. De fato, é muito eficaz para uma ampla gama de poluentes.
O custo inicial pode ser maior, entretanto, quando comparado ao tempo e eficácia de outras técnicas, a remediação química é mais vantajosa. Ela permite ter um prazo definido para o tratamento do solo contaminado, ou seja, a empresa não fica por anos e anos realizando o serviço de remediação.
É uma frequentemente utilizada para tratar compostos orgânicos voláteis e semi-voláteis, incluindo hidrocarbonetos de petróleo, solventes clorados e certos pesticidas. Contudo, nem todos os contaminantes são susceptíveis à ISCO.
O que é a oxidação química in situ e como ela é usada na descontaminação do solo para postos de combustíveis?
A técnica de oxidação química in situ consiste em um método de remediação muito usado para tratar áreas contaminadas por combustíveis, pois tem uma eficiência satisfatória na redução das massas de contaminantes. Principalmente, para etenos clorados, por um período de tempo curto.
Os agentes oxidantes comumente utilizados no ISCO incluem peróxido de hidrogênio, permanganato de potássio, persulfato de sódio e ozônio. A seleção do oxidante é baseada na natureza do contaminante, condições do solo e considerações de custo.
4. Técnica de Bombeamento e tratamento.
É uma técnica de remediação amplamente utilizada para tratar a contaminação da água subterrânea, mais do que o solo em si. Neste processo, a água subterrânea contaminada é bombeada para a superfície, onde é tratada para remover os contaminantes.
Depois de tratada, é reinjetada no subsolo ou descartada de forma segura. Por certo, é eficaz para a remoção de diversos contaminantes da água subterrânea. Por exemplo, solventes clorados, hidrocarbonetos de petróleo e metais pesados.
No entanto, pode ser um processo caro e demorado, especialmente em locais com contaminação extensa ou profunda. Além disso, a eficácia da técnica pode ser limitada em solos de baixa permeabilidade, onde a remoção de água e contaminantes pode ser difícil.
5. Técnica de Atenuação natural monitorada (MNA).
Para a descontaminação do solo em postos de combustíveis, esta técnica envolve o monitoramento da degradação natural dos poluentes no solo. É uma opção de baixo custo e baixa manutenção, mas pode levar muito tempo para ser eficaz. Além disso, não é adequada para todos os tipos de contaminação ou condições de solo.
Em muitos casos, é usada em combinação com outras técnicas de remediação para alcançar os objetivos de gerenciamento de risco a longo prazo. Por isso, o monitoramento ambiental regular é crucial para avaliar a eficácia da técnica e reduzir os níveis de contaminação.
O que é a atenuação natural monitorada e como ela é usada na descontaminação do solo em postos de combustíveis?
A técnica de atenuação natural consiste em uma tecnologia de remediação, em condições favoráveis, que dispensa a intervenção humana. É capaz de reduzir a mobilidade e toxidade dos contaminantes na água subterrânea, além das concentrações e da massa.
De fato, trata-se de uma estratégia de gerenciamento de risco, que é baseada em processos naturais. Sendo que estes processos naturais incluem a diluição, a volatilização, a sorção, a biodegradação, a precipitação e a transformação química.
Quais são as vantagens e desvantagens da biorremediação?
Apesar de a biorremediação ter como principal vantagem o baixo custo inicial e a possibilidade de tratamento de grandes áreas, o uso dessa técnica para a Remediação de solos contaminados por combustíveis se torna mais cara no longo prazo.
Principalmente porque o processo de descontaminação é mais lento.
Veja com mais detalhes as vantagens e desvantagens dessa técnica:
Vantagens da Biorremediação
- Apresenta custos iniciais mais baixos do que outras técnicas de remediação, especialmente para grandes áreas de contaminação;
- Não requer equipamentos de alto custo e os insumos (como nutrientes para microrganismos) são geralmente baratos;
- É uma solução “verde”, que usa processos naturais e ajuda a restaurar a saúde do ecossistema do solo;
- É eficaz para uma ampla gama de contaminantes, incluindo hidrocarbonetos de petróleo, pesticidas, solventes e metais pesados.
Desvantagens da Biorremediação
- É um processo lento, que pode levar meses ou até anos para remediar completamente os solos contaminados com combustíveis;
- A eficácia da técnica é afetada por diversos fatores, incluindo o tipo e concentração do contaminante, as características do solo, a temperatura e a umidade;
- Pode não ser eficaz para todos os tipos de contaminantes, pois alguns são resistentes à degradação biológica e outros são tóxicos para os microrganismos;
- Requer monitoramento constante para garantir que os microrganismos estejam degradando os contaminantes e não causam problemas ambientais.
Portanto, antes de optar pela biorremediação para a remediação do solo, é importante realizar a investigação ambiental detalhada de forma criteriosa. Ela vai identificar se a biorremediação é a técnica de remediação mais apropriada.
Recomendações para descontaminação do solo em postos de combustíveis.
Existem algumas recomendações importante para resolver problemas de solos contaminados com combustíveis.
Assim sendo, veja a seguir as principais orientações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA):
1.º – Realizar uma avaliação preliminar e confirmatória para determinar a extensão da contaminação do solo. Além disso, esta avaliação deve seguir as normas estabelecidas pelo CONAMA e pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
2.º – Desenvolver um plano de intervenção, de acordo com as diretrizes da ANP, incluindo detalhes sobre as técnicas de remediação a serem usadas, as áreas a serem tratadas e o cronograma para a remediação.
3.º – As técnicas de Remediação a serem usadas devem ser cientificamente validadas e eficazes para o tipo de contaminação presente. Nesse sentido, podem incluir biorremediação, extração de vapores do solo, oxidação química in situ, entre outras.
4.º – O monitoramento pós-remediação é necessário para garantir que a contaminação tenha sido efetivamente tratada e deve ser realizado de acordo com as diretrizes estabelecidas pela ANP e pelo CONAMA.
5.º – Todos os planos de intervenção e relatórios de monitoramento devem ser submetidos às autoridades reguladoras apropriadas para revisão e aprovação. Ou seja, pela Agência Ambiental Estadual.
6.º – Comunicar ao Público quaisquer problemas de contaminação e as ações que estão sendo tomadas para remediá-los, conforme orientação da ANP. De fato, é essencial para manter a confiança do público e garantir a transparência e segurança.
Portanto, para a descontaminação de solo em postos de combustíveis é essencial conhecer as técnicas de remediação, principalmente suas vantagens e desvantagens. Isso porque para uma escolha assertiva é necessário levar em conta diversos fatores.
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